Poema novo
- Jussara Santos
- 21 de out. de 2018
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Não me neguem anjos por acreditarem que eles são brancos.
Não me neguem anjos. Drummond avistou um, ainda que torto.
Não me neguem anjos pois há quem os mereça esbeltos a tocarem corneta.
Pois bem, eu, sempre que nasço, escuto os tambores que meus muitos anjos tocam.
Negros sempre anunciam: - terás que ser mais que desdobrável são muitos os navios negreiros que aportam em sua cidade seca e sem mar. Cais aí inexiste mas o horizonte se acredita belo.
Ouça, ouça todas as vozes que não te calam traduza, traduza todos os gritos que são também seus.